Link para condividirhttps://hanglberger-manfred.de/pt-responsabilidade-terapêutica-pessoal.htm

HOME

Responsabilidade terapêutica pessoal

 

Isto é o que cada pessoa pode fazer por sua própria saúde mental:

"Estudo da Árvore Genealógica"

 

 

Antes de mais nada, uma citação da Bíblia:

 

"Rastreio a culpa dos pais até os filhos, até a terceira e quarta geração".

(Do Decálogo do Livro do Êxodo Ex 20:5b) 

Comentário:

Neste texto muito antigo, que se encontra na versão completa dos Dez Mandamentos do Antigo Testamento, deve-se ter em mente que naquela época as pessoas estavam convencidas em sua fé de que todas as coisas ruins em suas vidas, tais como doenças graves, acidentes, conflitos familiares, morte prematura, deficiências, natimortos, etc., eram punições de Deus.

Esta concepção da ação de Deus no mundo foi abandonada por Jesus há cerca de 2000 anos; mas esta forma de pensar logo foi retomada pela Igreja. Embora hoje a maioria das pessoas não considere mais os golpes do destino, que se arrastam por gerações em uma família, como uma maldição de Deus, é surpreendente que há mais de 2500 anos as pessoas em Israel tenham observado que alguns problemas persistem por várias gerações.

É um objetivo essencial da moderna terapia familiar, também conhecida como "terapia sistêmica", descobrir e compreender este "sistema" da rede psíquica que abrange várias gerações e, em seguida, deter seus efeitos destrutivos.

Infelizmente, ainda hoje, este pensamento intergeracional não é de modo algum comum em todas as direções da terapia.

Por outro lado, descobertas importantes também podem ser utilizadas por leigos sem treinamento psicológico e terapêutico, para sua própria saúde mental e para suas famílias e parentes.

 

Meu conselho: "Trabalhar encima da árvore genealógica".

O objetivo é rastrear e resolver as tarefas espirituais inconscientes que estão escondidas em uma rede de três ou quatro gerações.

Para isso, primeiro a galeria ancestral das três últimas gerações deve ser registrada com todos os irmãos associados (também com quaisquer meio-irmãos e enteados! E especialmente não se esqueça das crianças que morreram cedo!) com nomes, datas de nascimento, casamento e morte. (Uma sugestão gráfica: >>>)

Muitas vezes as datas dos bisavós (sem irmãos) também são significativas; especialmente se em uma geração as crianças foram criadas não por seus pais, mas por seus avós.

 

Então deve ser verificado,

1.  Que pessoas, após sua morte, podem não ter sido saudadas ou lamentadas
e que pode, portanto, desencadear a solidariedade nos descendentes sob a forma de uma tendência inconsciente para a morte.

2.  Que pessoas foram desvalorizadas, desprezadas, marginalizadas, tratadas injustamente ou esquecidas.
Talvez se possa reconhecer as circunstâncias estressantes da sua infância e da sua história de vida para desenvolver mais facilmente a compaixão e o respeito por eles quando se tornaram pessoas difíceis?

3.  Os seguintes eventos muitas vezes afetam fortemente as gerações futuras:

·  O pai participou da guerra? Falecido? Desaparecido?

·  Os pais morreram prematuramente?

·  Os avós prepotentes interferiram na família?

·  Os irmãos que morreram cedo?

·  Quando criança você brincava de "pais fortes- por imitacoa" de seus pais abatidos?

·  Solidariedade com um dos pais contra o outro?

·  Como um filho ou neto em solidariedade involuntária com a primeira esposa (ou marido) falecida do pai?
Ou do avô (ou da mãe ou da avó)?

·  Filho preferido sobrecarregado ou filho "sombra" ferido?

·  O casamento não foi uma escolha pessoal?

·  Crianças falecidas?

·  Cônjuge morto?

·  Suicídio, assassinato, aborto, abuso sexual? antepassados?

·  Comportamento econômico ou político que faz alguém se sentir culpado?

·  Doença grave, doença crônica, deficiência?

·  Doenças mentais, comportamento viciante?

·  Acidentes graves?

·  ….…

 

4.  Existem repetições estranhas do destino ou semelhanças problemáticas de caráter?
Estes apontam para uma solidariedade inconsciente com os antepassados que não puderam ser devidamente lastimados ou que são desvalorizados/desprezados.

 

Dissolução dos efeitos perigosos e estressantes da vida dos antepassados:

=> A coisa mais importante: redução da culpa!
Enquanto alguém procura os culpados e incrimina e condena outros culpando-os, não há solução para os problemas, mas eles são expandidos sem limites!
(Ver Jesus: "Não julgar / Urteilt nicht!")

=> Compaixão pelo destino dos antepassados sobrecarregados
(talvez escrever um breve curriculum vitae
)

=> Respeito por seu destino
(curvando-se interiormente diante deles e confiando-os à misericórdia de Deus
rezar por eles significa deixá-los ir.

=> Pedindo suas bênçãos para os vivos
("Olhe para mim com amor e acompanhe meu caminho com sua bênção")

=> Se é difícil ter compaixão: confiá-los à justiça e misericórdia de Deus -
mas respeitem seu destino!

 

da Manfred Hanglberger (www.hanglberger-manfred.de )

Tradução: Ana Maria Mascarello 

 

Link para condividirhttps://hanglberger-manfred.de/pt-responsabilidade-terapêutica-pessoal.htm

 

Outros textos em português

·        Atribuir a culpa aos pais agrava o conflito

·        As crianças precisam da percepção dos limites

·         O diálogo com a “Criança Interior”

·         Meditação para a Existência

·        Exercícios para a terapia do estresse emocional adquirido durante a infância (1)

HOME